O AMOR FAZ PARTE Realmente é bom e agradável viver em união, principalmente quando entre irmãos, no entanto a responsabilidade é grande, uma vez que para tal é preciso ser tolerante e amante das virtudes, dentre muitos outros valores.
Sempre que se fala em maçonaria, passa-se pela palavra irmão, nomenclatura que não é privilegio nem exclusividade da instituição. O diferencial é fórum íntimo na emoção e fraternidade na ação.
A responsabilidade fraternal está ligada ao grau de idoneidade, empatia e amor que tem aquele ser humano considerado limpo e puro, que reconhece o outro como maçom e que seu coração transborda de vontade de ser útil, agradável e carinhoso, com aquele, que ele acredita que trilha seu caminho por obra e graça do G.A.D.U..
Independente da raça, crença ou condição financeira e social, numa flagrante demonstração de benevolência, estima e apreço, cultiva em seu coração a união e a concórdia, abrindo caminho para a tolerância, de forma que o prazer de estar com o irmão, quebra qualquer barreira que os separe e celebra o carinho que os une.
Não há passe de magica para essa maravilha. Ser maçom não é apenas entrar na maçonaria e sim deixar que a maçonaria inunde o seu ser.
Jamais cobre de um irmão, um dia de sua ausência em uma sessão, sem antes tê-lo procurado para saber por que não foi. Não esqueça também que os adormecidos não estão mortos e os sãos não precisam de remédio.
Quem sabe o suspiro necessário para acordá-lo pode estar em seus lábios, e o ósculo do amor pode ressuscitá-lo. Quem sabe o remédio certo, na medida certa, seja apenas seu gesto de solidariedade?
Não há prazer em uma loja vazia, e falar que quantidade não é qualidade é para profanos. Somos iniciados e os laços que nos une são laços ungidos pelas mãos do Grande Arquiteto.
A vaidade, tal qual o sal, tem limites e se errar na dose, se põe tudo a perder. É na simplicidade que se conhece a grandeza. É quando a dignidade filtra e os laços se ampliam. O que se faz para um irmão, faz para si mesmo.
Irregular pelo vil metal, não é apenas um ser carente de medalhas cunhadas, mas quem sabe um ser ilhado pela falta do exercício do principio que os domésticos da fé, deverão ser os primeiros a receber a beneficência.
É fortificando as colunas que o tronco será fortificado. Maçom não precisa de migalhas nem oferece migalhas para maçom
Amar o teu próximo como a ti mesmo é amar o G.A.D.U. sobre todas as coisas, portanto, ingredientes infalíveis para viver em união, de forma agradável, justa e perfeita.
Os graus filosóficos não são cartões de visitas para demonstração de status, muito menos conquistas de prioridades, proporcionam sim, maior desenvolvimento interior, iluminam o caminho da busca constante, aperfeiçoando seu caráter e por via de consequência, lhe ajudando a ser um melhor irmão.
Finalmente. Não basta o poder econômico, financeiro e social. Não basta o intelecto e a cultura, é preciso uma alma pura e respeito ao seu irmão.
Um dos grandes segredos da maçonaria é a busca incessante da verdade e nela, reside a esperança, e em todas as suas dimensões….o amor faz parte.
Carlos Cezar Gonçalves da Rocha, M.M. Vitória – ES, Grande Oriente do Brasil.